São as palavras que me devastam, o meu vício por elas, como charuto ao Burguês, ou cocaína ao traficante.
Eu, homem vil, vivo no subúrbio perseguindo virilhas e heroínas. Poetizando e titicando minhas noites com as putas, elas sempre tão adocicadas, abrindo suas pernas, mulheres, sempre arreganhando suas pernas para nós, homens, que fomos concebidos por elas, escancaradas pernas ao nascer, e por estas mesmas escancaradas coxas roliças vamos falecer.
Eu que não uso essas mulheres, sou empregado, abusado, estrupado por todas, e não me esqueço dos quadris, e os seios que dantes eu segurava arfando, e que tive a mazela de partir.
Sou eu um homem, que antes escravo sonhava com a liberdade, agora, entrego-as o tronco e o chicote.
Pudera eu espalhar meu coração, tal como posso espalhar meus espermas. Pois sempre deixo uma a chorar, e meus caminhos não são os de João e Maria, não marco com pedacinhos de pães. Vou e me perco.
“És tu o homem que abre o zíper, e fecha o peito”. Esse sou eu, só não venha aqui, senhora, culpar-me de mentir. Pois há demônios em padres, e em todos os demônios têm um pouco de vigário.
Um dia da caça é outro do caçador, pois caçar dor é tudo que aprendi. E deixo-as, para que fiquem com saudades. Tenho necessidade que penses em mim todos os santos e demoníacos dias.
Não sou do coração vasto. Vasto nem é meu coração. Suspeito eu que o tenha, pois gosto dos seios, não do peito delas, gozo por bundas, e não por suas conquistas de março. E o que me fascina é o cheiro que emana do ventre, e não é pelo discurso clichê de que vós podeis gerar vida, é pelo odor de ser macho e procurar reprodução, no dito, sexo.
Sim, confesso, eu sou errado, tu és errada, nós, vós e eles, só sabemos sugar e sugar, até enchermos nossas barrigas e vomitar e defecar, depois mascaramos com a desculpa de nós sermos “humanos”. Quem é humano aqui?
Bactéria, macaco e homem, que evolução...
Mas cabe aqui, minha humilde confissão, eu-homem-Poros, astuto e engenhoso, cabe a mim o destino de se apaixonar por Penúria, que penar! E eu-homem-Eros, sou faminto e sedento de amor, invento mil astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.
[b]O que falar.Hmmm...
ResponderExcluirFaz tanto tempo que não comento aqui.
Bem, ótimo texto, menina [como sempre.]
você consegue tratar de coisas tão profundas mas com uma maestria admiravel.
Eu realmente gosto da forma que você escreve, me permite perceber algumas coisas que antes não percebia.
É isso.Parabéns, menina.Continue evoluindo, quero ver mais posts assim. ^^
_Qlqr
Brilhante, velho.
ResponderExcluirOi... td bem??
ResponderExcluirTem uns selos lá no blog
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Abraço