Gosto de maça carmesim
De um lírio branco cai à cor do crucificado
De joelhos pedes perdão defronte ao calvário.
A mulher grita
És pecadora
És adúltera
És expulsa
És mulher.
És pecadora
És adúltera
És expulsa
És mulher.
Na carne cicatrizes de desejos reprovados
Camuflam-se em bruma alma
Cale-se, perante teu Deus!
Ajoelhe-se, defronte ao Diabo.
E o ventre jorra sangue
O sangue do suicídio
Entre o cárcere do jardim florido.
Pecas, para sentir o sabor da faca enfiada ao espasmo.
És mulher sem ventre
És sem alma
És fujona
Escrava.
És sem alma
És fujona
Escrava.